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O caminho comum que os países seguem antes de suas economias colapsarem


Estava conversando com um colega sul africano que me dizia que a Africa do Sul (nosso colega nos BRICS) está seguindo o mesmo caminho que o Zimbábue e Somália seguiram antes de suas economias colapsarem na primeira década do século 21.

Ele me enviou este artigo para corroborar. Lendo o texto me deparei que muito do que o economista Dawie Roodt fala e explica se aplica ao Brasil.

Segundo ele, as etapas que um país passa são, de forma ampla, resumidas em:

  1. Governo inicia pequeno, provendo serviços básicos;
  2. Demandas por serviços aumenta, requerendo mais impostos
  3. Surgem grupos especiais de oposição barulhentos que demandam mais serviços ou menos impostos e preços mais baratos; greves começam; ai é onde as distorções entre receita e gastos inicia ou se amplia (ai vive-se de crise em crise)
  4. Dívida aumenta muito e o pagamento dos juros demanda cada vez mais recursos; País tenta baixar os juros mas a inflação sobe (eterna gangorra); teto de dívida pública é extinguido.
  5. Estado começa a demandar mais dinheiro das classes trabalhadora e poupadora (aumento de impostos e taxas); Sociedade, a grande maior já na pobreza, culpa os ricos e os políticos;
  6. Poupadores e mais ricos começam a mandar seus recursos para o exterior ou eles próprios saem do país;
  7. Estado começa a controlar o câmbio artificialmente.
  8. Estado vai a falência, povo na pobreza, começa faltar até o básico. Até acontecer uma revolta civil/guerra/golpe de estado/novo plano econômico, etc e voltamos a etapa 1.

Dawie diz que a partir deste ponto dois caminhos são possíveis: O estado coloca a casa em ordem através de reformas sob o olhar muito próximo de entidades credoras como acontece com a Grécia ou o estado e seus representantes simplesmente se recusam a pagar seus débitos, culpando os fundos e investidores como se estes fossem o real culpado pela ruína da economia e não o governo e seus gastos sem controle.

Geralmente, o governo finge que paga suas dívidas mas na verdade só imprime moeda, o que sim, paga as dívidas mas as custas do povo, já que a hiperinflação é certa, como no Zimbábue que chegou a inimagináveis 231 milhões porcento em 2008.

 

No Zimbábue todo mundo é bilionário. Em 2015 uma nota de 100 trilhões de ZWD equivaliam a 40 centavos de USD.

Todos estes cenários vão do ruim ao horrível. Não há saída boa diz Dawie.

Esta lista se aplica ao Brasil?

O cenário acima comentado pelo renomado economista se refere a África do Sul, mas a lista acima pode muito bem ser aplicada ao Brasil, veja:

Exagero? Leia estas notícias:

Pois é pessoal, pegamos o “gancho” da reportagem da África do Sul para vermos que estamos praticamente no mesmo caminho deles e que nenhuma saída, se houver, é boa. Haverá muitos problemas e tumulto quando a conta chegar e ela chega. Pode demorar meses ou décadas mas um dia ela vem e ai veremos se seremos a Grécia (com reformas) ou o Zimbábue ou Venezuela (se governo se recusar a reformar)!

De qualquer forma me parece que o nosso plano FIRE estará mais seguro se estivermos menos expostos ao real, que, embora improvável, poderá ser o próximo Bolívar ou ZWD ou terá o mesmo destino do cruzeiro/cruzado. Muitos dizem que o plano real nos deu apenas a falsa sensação que vivíamos ou poderiamos ser um país de primeiro mundo.

Economias totalmente dependentes de commodities e com alto grau de corrupção são altamente instáveis e susceptíveis a graves crises.

E vocês caros leitores, o que estão achando do rumo da nossa economia com o atual nível de gastos e dívida?


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