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E lá vamos nós outra vez: Inflação já bate na meta para o ano

Como faz todo mês por volta do dia 08, o IBGE divulgou na manhã de hoje o IPCA do mês anterior e o acumulado do ano e em 12 meses.
Como sabemos, a nova meta do governo é 4,5% de inflação anual em 2018, 4,25% em 2019 e 4% a partir de 2020. Só esquecem de combinar isto com os bancos, os caminhoneiros e os empresários.
O IPCA de Julho foi de 0,33%, bem abaixo do de Junho que foi de 1,26% que foi impactado pela greve dos caminhoneiros. Isto levou o IPCA acumulado 12 meses para 4,48%,ou seja, praticamente já atingiu a meta anual de 4,5%, e ainda temos muita instabilidade por vir nos próximos meses pré-eleição.  

Juros Reais

Neste cenário, temos um encolhimento dos juros reais a cada vez que o IPCA sobe, já que o BC não aumenta os juros e parece que não o fará nem na próxima reunião do Copom. 
Com o BC baixando os juros tão fortemente como o fez nos últimos 2 anos, levou o investidor de renda fixa  (maioria no país) a receber menos para emprestar seu dinheiro, o que seria justificado se a economia real estivesse a todo vapor, mas obviamente não está.
Atualmente o juro real está em 1,91% apenas, taxas de países desenvolvidos para uma economia caindo aos pedaços e extremamente deficitária. Isto é sustentável? Já já veremos !

Foi só por causa da greve? 

Vários comentários no mês anterior falavam coisas do tipo: “Ah a inflação só subiu por causa da greve”; “com a economia fraca a inflação não sobe” e várias outras asneiras.
Se isto fosse verdade, teríamos visto um IPCA negativo (deflação) em julho, afinal os preços teriam caído de volta aos níveis de antes da greve certo? Não foi isto o que vimos, pelo contrário, 0,33% foi acima do esperado pelos analistas que era de 0,26%. Ou seja, os preços subiram menos mas ainda assim SUBIRAM !
Uma vez que os preços sobem eles não baixam mais. Isto é regra. Pode haver exceções pontuais mas nas categorias gerais do IPCA nunca vemos tendência de baixa dos preços médios.

O que fazer?

Você investidor que não quer se arriscar na renda variável por n motivos, precisa se proteger da inflação a todo custo. Só com títulos atrelados ao IPCA para conseguir isto de maneira efetiva pois a inflação sempre foi problema no Brasil e não é do dia para a noite que vai deixar de ser. Ter parte da carteira em pós-fixados nunca fez mal a ninguém.

A boa notícia?
Quem teme a hiperinflação (acima de 30%aa), agora existem títulos isentos de IR pós fixados como LCI e CRIs que valem a pena serem analisados mais de perto.
E você caro leitor, como pretende se proteger da inflação que ronda novamente?




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