A conta do padeiro: Cálculo simplificado do Patrimônio FIRE necessário e estimativa de renda mensal
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| Conta do padeiro - simples e direta |
Existe uma famosa "conta do padeiro" para calcular o quanto é preciso para conquistar a independência financeira. É possível pegar o salário de renda passiva almejado aos 40 anos (ou na idade que você pretende atingir FIRE), dividi-lo por 0,01 e depois, dividi-lo novamente por 0,4:
- O primeiro valor, o 0,01, refere-se à rentabilidade nominal (sem descontar a inflação) mensal média dos investimentos, que supomos 1% (1% é razoável hoje em 2016; ajuste este valor de acordo com seus rendimentos. Se você consegue 0,8% ao mês, use 0,008).
- A segunda parte, ou seja, o 0,4 é o cálculo para utilizarmos somente 40% dos rendimentos. Mantendo 60% da renda reinvestida é uma estratégia para anular, de um modo genérico, os efeitos da inflação que sempre vai corroer seu poder de compra. Se não fizer isso, o poder de compra de seu portfólio se deteriorará rapidamente.
- Quer 7 mil por mês? VF=(7000 / 0.01)/0.4 = R$ 1 milhão e 750 mil. Clique aqui e simule na nossa calculadora qual o seu valor.
Todos aqueles que planejam atingir a independência financeira e poupam/investem para tal devem conhecer estes números e colocá-los como meta em um lugar bem visível ! Regra dos 4% ou Conta do Padeiro? A regra dos 4% de taxa de retirada segura foi concebido para os EUA com base em investimentos na bolsa de valores de lá e títulos do governo. Lá nos EUA ela é usada como o santo graal para quem planeja a aposentadoria (embora haja quem não goste dela e prefira usar 3% ou até menos). No Brasil ela é muito aplicável também principalmente para quem investe em renda fixa. O juros reais no Brasil variam bastante mas na média rondam os 4%, o que é parecido com a taxa usada nos EUA, apesar de lá a inflação ser mais baixa, os retornos também são menores e eles tem que recorrer a bolsa de valores enquanto aqui com um título do tesouro direto (IPCA + 2050 c/ js) por exemplo conseguimos travar a TSR por mais de 30 anos em mais de 4% (pelo menos hoje, em abril de 2017). PS:Lembre-se que ao comprar um título destes, para travar a rentabilidade você não pode vender ele antes do vencimento em 2050, mas como ele paga rendimentos semestrais, é uma ótima forma do tesouro te pagar um salário semestral, ótimo para quem quer aposentar antecipadamente e ter renda. Já a conta do padeiro é bem mais arrojada, ou seja, arriscada ! Ela estabelece que você consiga juros nominais líquidos de IR de cerca de 1% ao mês (fácil agora em 2012, mas pode ser bem difícil dependendo do cenário macroeconomico dos dias em que estiver lendo isto), o que não é nada fácil para o investidor comum, mas possível para o investidor que incorpora debentures, ETFs de renda variável, FII, etc. Conclusão: Este é um dos primeiros posts do blog AA40. Esta regra do padeiro é cálculo simplista e direto para usarmos nos tempos como o atual em que um investidor arrojado com conhecimento consegue atingir a casa do 1% a.m. de retorno nominal líquido. Pode-se usar a conta do padeiro para calcular quanto podemos consumir da renda - (60%) do resultado do rendimento mensal .
Já se você é mais conservador e ainda está aprendendo a otimizar os ganhos de seu portfólio, planeje-se utilizando a regra dos 4% aplicando em títulos do governo como principal investimento.
Essa regra dos 4% é muito arriscada porque ninguem garante que os juros reais do Brasil continuarao a ser os mais altos do mundo nos próximos 50 anos. Tem que ter muito sangue frio pra largar tudo e deixar o dinheiro ao sabor do mercado assim. Sem falar que o estudo que chegou em 4% foi baseado em 30 anos de aposentadoria. Se vc se aposenta aos 42 estamos falando de um portfolio que tem que sobreviver 50, 60 anos. Ja pensou o cara se aposentar com 42 e aos 70 ter que procurar trabalho por causa do dinheiro ? Mas parabens pelo blog, ja virei fanzão !!! Como é bom saber que tem mais gente nessa caminhada !
Desculpe dizer isto vagabundo, mas seu raciocínio está errado. Nos EUA eles fizeram este estudo aplicando na bolsa de valores 50% do patrimonio, aqui você pode hoje mesmo TRAVAR seu rendimento real líquido comprando um título do tesouro direto, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB), que vai te pagar 5,15%aa bruto (4,6%aa real) líquidos de inflação meu caro. Compre hoje e trave isto por 33 anos…se você tivesse comprado este mesmo título em 2016, ele chegou a render mais de 7%aa mais inflação…
O Risco destes títulos é o mais baixo que existe entre todos (risco país)..se o país quebrar todos estaremos em ruinas e não só vc…além disso um bom investidor que investe via corretoras e evita poupança por exemplo, que explora debentures, fundos de alto rendimento e ETFs pode, além de diversificar, aumentar ainda mais a taxa de retirada se necessário. Obrigado por virar fã..vamos junto nesta caminhada e pode deixar abaixo suas perguntas que pode ser a pergunta de outro visitante tambem….
Isso se aplica pra quem está quase na IF. Mas e quem não está ? Como nao há garantia que os juros continuarão nesse patamar, terão que ir pelo menos em parte pra Bovespa, para qual nao existe tal estudo. É complicado. Vc pode ir comprando esses titulos mas la na frente ao se aposentar e receber a bolada terá que reinvestir a uma taxa que só Deus sabe qual vai ser. Tambem terá que por uma parte em bolsa pois será aplicacao de longo prazo, pra fazer retiradas durante mais de 30 anos (e sem saber direito a TSR, pois nao ha estudo pra nossa bolsa). Pra quem esta na fase de acumulacao, ao inves de resgatar no fim optando por travar agora essa taxa e receber cupom semestral nao sei se alivia no longo prazo. Enfim, pra realidade brasileira nao confio nessa TSR de 4%. Faz sentido pra quem está a beira da IF agora, mas daqui alguns anos talvez nao mais. Vale como conta de padeiro, pra pegar uma base e depois refinar. Tamu junto !
Entendo totalmente sua preocupação. Eu também estou na fase de acumulação. Nesta fase ainda temos muito tempo para se recuperar de uma eventual queda do mercado. Voce só travaria uma taxa dessas se realmente estivesse perto da FI. Na fase de acumulação você quer obter o máximo retorno real possível. Por isso tem que investir em produtos mais agressivos e balancear conforme as condições economicas vão mudando. Por exemplo na renda fixa, CDBs pagando mais de 115% do CDI, debêntures incentivadas, LCs, enfim..e dedicar até uns 25% para renda variável, preferencialmente em ETFs como PIBB11 e até o DIVO11 para quem é um pouco mais conservador dentro do grupo agressivo. Quando chegar perto da FI vá alocando gradualmente mais em RF e menos em RV até o dia que poderá travar o rendimento real e viver sossegado durante sua FI. obrigado pela contribuição
Olá AA40, tudo bom?
Desculpe minha ignorância, mas deixa eu ver se entendi:
Suponhamos que tenha acumulado 1KK (1.000.000.00)
Usando FII's como referência, eu teria um retorno anualizado de 6% (60.000.00)
Ignorando LUIS BARSI, que diz que a inflação real fica em torno de 10%aa, vamos considerar que a inflação exposta pelo IPCA seja um índice relevante. Eu, particularmente, prefiro o INPC.
O INPC fechou 2018 em praticamente 3.5%.
Então, na teoria, o Retorno real de 2018 dos FII's usados no exemplo foram de 2.5% (6% – 3.5%)
Por este raciocínio, minha TSR deveria ser de 2.5% neste ano, para que assim eu possa MANTER meu poder de compra indefinidamente?
E no final de todo ano fazer novamente este cálculo?
Fala jovem, 10%aa?talvez a dele seja kkk os vinhos importados sobem bastante kkkk
Brincadeiras a parte, eu esqueceria da regra do padeiro nos dias de hoje pois é muito arriscado.
Alguns detalhes na sua conta, primeiro não se calcula juros reais diminuindo um do outro, use a fórmula correta ou nosso simulador. A TSR4% não se aplica todo ano mas sim num período de 30 anos. Os 6%aa com fiis deve ser só dividendos certo? Em 30 anos terá retorno de capital para adicionar na conta. Esta média de juros reais em 30 amos deve ser acima ou 4%.
No seu caso ai daria 2,42% real mas isso apenas pra um ano.
Abcs
Tem mais um ponto a acrescentar. O rendimento dos FIIs é considerando 100% real, dado que usualmente seguimos a premissa de que os imóveis valorizam pelo menos a inflação no longo prazo.
Há controvérsias mas alguns sim consideram isso. Abcs